terça-feira, 15 de novembro de 2016

Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo [Análise final]

2016 foi o ano dos dramas, ao meu ver. Acompanhei ótimas interpretações, xinguei muito os vilões e virei várias noites por causa de alguns casais. Os dramas (ou doramas) coreanos me surpreenderam positivamente, alguns mais do que outros, por mostrarem tramas diferentes daquelas que vemos em novelas ocidentais. Claro, assim como as ocidentais, as "novelas" coreanas também possuem seus clichês, mas mesmo assim conseguem sempre me surpreender. Não é atoa que termino um episódio de quase uma hora e ainda tenho a disposição de clicar no próximo e assisti-lo até minha vista cansar.

O post de hoje tratará sobre um desses dramas, no caso, O DRAMA que conseguiu me roubar dois meses de suspiros e que, mesmo após o seu final, ainda não conseguiu sair nem da minha cabeça e nem do meu coração. Assim como no post anterior, venho escrever sobre o drama 'Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo', mas dessa vez buscarei me aprofundar mais na história, com uma análise mais precisa, já que o drama já foi finalizado (infelizmente) e posso ser mais objetiva. Ah, e obviamente esse texto contém SPOILERS.


Antes de começar essa análise, faz-se necessário mencionar o que o drama em questão aborda. Moon Lovers conta a história de Hae Soo (ou Go Ha Jin), uma garota do século XXI que acidentalmente se envolve em um acidente e que por conta disso vai parar no período da dinastia Goryeo, na Coreia (918 - 1392). Ela surge nessa época ainda durante o reinado de Wang Kon, vulgo imperador Taejo, o primeiro dessa dinastia, e vive nessa época até o reinado do quarto rei de Goryeo, Wang So, Gwangjong. A história desse drama foi adaptada de um romance chinês, mas buscou-se abordar, ao invés da família real chinesa, as intrigas na família real coreana.


'Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo' é um drama coreano que foi transmitido pela emissora coreana SBS e também em vários outros países da Ásia. Na América ele foi "transmitido" semanalmente pelo Dramafever e, para os pobres de plantão (como eu), pelos fansubs Kingdom e Meteor Dramas. Apesar da mega produção e de ser um dos dramas mais caros a ser produzido, a audiência do drama na Coreia foi relativamente baixa, porém internacionalmente o drama foi um sucesso, principalmente na China, o que pode ser justificado pelo fato do drama ser baseado em um romance chinês. Essa baixa audiência na Coreia fez com que duas edições da novela fossem ao ar. Como muitos coreanos estavam preferindo assistir o drama "Love in Moonlight", que estava sendo transmitido no mesmo horário, e optando por ver Moon Lovers na versão disponível na internet, a SBS fez com que as duas versões (tv e internet) ganhassem algumas edições diferentes. Ao meu ver a versão da SBS ganhou menos cortes no que se refere às melhores cenas, então para quem quiser assistir a essa versão eu recomendo o download do drama no Meteor Dramas.

Enfim, Moon Lovers não é um drama qualquer, e talvez seja por isso que tenha chamado tanta atenção do público ocidental. Para mim, o que mais me atraiu no drama foi o casal principal, principalmente no que se refere à química entre os atores Lee Joon Gi e Lee Ji Eun (IU). Não existe uma palavra no meu vocabulário que possa resumir a atuação do Joon Gi como Wang So nesse drama, pois "maravilhoso" e "incrível" são adjetivos muito vagos para descrever as expressões faciais desse homem. Ele conseguiu me ganhar já na primeira cena dele no cavalo, chegando em Songak durante o eclipse (aquela imagem é maravilhosa), e quanto mais conhecia o personagem e percebia o que estava por trás dele, mais me apaixonava. Alguns dizem que ele levou o drama nas costas, mas eu não acho isso. Ele como personagem principal tinha que se destacar mesmo, e isso ele fez com louvor.

O personagem exigia uma mistura de homem com menino. Wang So sempre foi maltratado pela mãe, que nunca o viu como filho em detrimento dos demais irmãos, e além disso ele carregava consigo uma cicatriz no rosto, cicatriz essa que ele buscava esconder com o uso de uma máscara. Obviamente, ele era mal visto por onde ia, e isso acabou tornando o personagem bruto, como um mecanismo de auto defesa. Joon Gi soube mostrar isso muito bem apenas com expressões, e isso ganhou de cara a minha atenção. É o típico bom bad boy.


No que está relacionado à Lee Ji Eun, ou simplesmente IU, só tenho que rasgar elogios. Ela nunca foi tão linda como na pele de Hae Soo, e assim que a personagem exigiu mais dela, como nas cenas do episódio 11, ela soube se sobressair e mostrar uma atuação impactante. Eu menciono o episódio 11, porque é o meu favorito. Nele tudo é jogado na nossa cara e a real identidade do drama começa a ser mostrada ao público. O que torna esse episódio mais marcante são os acontecimentos que acompanhamos nele: em uma hora o drama que vinha numa crescente quase de conto de fadas muda completamente, se tornando mais sombrio.


Sobre o casal principal, novamente devo falar sobre a química. Nos primeiros episódios o triângulo amoroso formado pela protagonista e os dois príncipes é super disputado, principalmente pelo fato da protagonista, Hae Soo, se apaixonar primeiro pelo antagonista da história, Wang Wook (8º príncipe). O 4º príncipe, Wang So, é de cara mostrado como o principal, mas a relação entre ele e a protagonista é bem turbulenta no início, quase apagada em contraste à relação da protagonista com o outro príncipe. Esse início do drama, que, querendo ou não, é lento, pode justificar a baixa audiência na Coreia. Sabíamos quem seria o par romântico da mocinha por conta do pôster e das imagens promocionais, mas na tela a evidência estava toda no romance platônico entre Hae Soo e Wang Wook.


Entretanto, após o episódio 13, para ser mais exata, Wang Wook já não ameaça mais o relacionamento entre Hae Soo e Wang So. Aliás, romanticamente não é mais uma ameaça, porém como o personagem acaba se convertendo no principal vilão da história, ele ameaça o relacionamento deles de outra forma, mas não chega a ser encarado novamente como um possível par da protagonista. Novamente falando do episódio 11, o que falar da cena mais memorável do drama, e que mostra claramente a mudança no coração da mocinha: Wook virando as costas para ela em um momento de precisão e So, quem ela teme, sendo o único a ficar literalmente ao seu lado na chuva.


Saindo um pouco do casal principal, ao todo fomos agraciados com mais dois casais: Wang Eun com Park Soon Deok e Baek Ah com Woo Hee. Esses dois casais não ganharam muito tempo em cena, mas ganharam de cara o coração da audiência. O que tenho a falar sobre os três casais da trama é que eles nos envolveram bastante, mas no final todos terminaram em tragédia. Basicamente, esse é um dos diferenciais de Moon Lovers: eles nos enchem de cenas maravilhosas, casais apaixonados e no final resolvem acabar com eles quando os personagens estão vivendo os momentos mais felizes. No meu caso, sempre quando tudo estava muito bonito e feliz, eu acabava desconfiando...


Não quero falar detalhadamente sobre todos os príncipes aqui, pois são muitos. Moon Lovers é uma espécie de harém ao inverso no qual Hae Soo se envolve com a maioria dos príncipes da dinastia Goryeo. Dos oito príncipes (Moo, Yo, So, Wook, Wo, Eun, Baek Ah e Jung), quatro se apaixonam por ela e dois a veem apenas como amiga. O que posso dizer sobre esses personagens é que todos acabam lutando entre si, escolhendo lados, principalmente por causa da coroa (quem será o rei), e Hae Soo toma a frente, buscando evitar que nessa luta nenhum sangue seja derramado. Doce ilusão, apenas. O trailer estendido do drama esboça Hae Soo como uma heroína que, por saber mais ou menos o que vai acontecer, é capaz de evitar os trágicos acontecimentos, no caso, mudando a história. Tudo balela. Hae Soo é uma pessoa como qualquer um de nós, sem poderes, que cai em um mundo sanguinário, onde é matar ou morrer. Ela até tenta mudar alguma coisa, mas tudo acaba ficando contra ela, e isso é compreensível: o passado não pode ser modificado, e tudo o que ela faz apenas contribui para que tudo ocorra como deveria ocorrer.


Sobre a trilha sonora de Moon Lovers, podemos dizer que o drama em si trás faixas dos idols mais populares na Coreia, como "For You", do trio Baekhyun, Xiumin e Chen (EXO), "All With You", na voz da Taeyeon (SNSD) e "Be With You", do duo Akdong Musician, entre outros. Em comparação a outros dramas, Moon Lovers usa bem mais a trilha sonora em suas cenas, o que nos faz ficar mais envolvidas emocionalmente com determinados momentos, principalmente com as cenas românticas. A trilha instrumental, é bem forte, nos dando a impressão de realmente estarmos submergidos em Goryeo, com destaque para "Appassionata", que toca numa das minhas cenas favoritas (episódio 12).

No geral, foi isso. Moon Lovers é aquele drama que não dá pra explicar em algumas linhas. É uma mistura de fofura com sofrimento. Devo destacar que é um drama que começa mega feliz, mas que acaba nos fazendo chorar na medida que vamos nos adentrando no que é o palácio e o que as pessoas são capazes de fazer para conseguirem poder. Não é uma história de amor convencional, e por isso me chamou tanta atenção. O diretor fez o favor de excluir a cena final, então ainda estou engasgada com o final que foi exibido. Além do mais, segundo a boca miúda, um filme já foi gravado como uma continuação da série de 20 episódios. Se é apenas um boato? Só o tempo dirá.

Hasta.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo [Breve comentário]

Como vocês já devem estar cansados de saber, eu tirei um tempo do blog. Motivo? Falta de inspiração e pura preguiça. Normalmente não sou assim, mas acabei me deixando levar pela situação de estar de férias por tempo indeterminado. Bom, primeiramente, gostaria de salientar que estou um pouco por fora das atuais temporadas de anime e, pelo visto, ficarei sem comprar mangá por um longo tempo, deixando os números atrasados de dica para o meu aniversário e para o Natal. Deu pra ver que as coisas dentro de mim mudaram um pouco, o que acabará aos poucos modificando o tipo de texto que será postado por aqui.


Sem mais delongas, trago para vocês uma indicação/resenha de uma das séries que mais estou amando atualmente. Como ela ainda não foi concluída, no momento não posso dizer o que me espera, e muito menos se gostarei do final, mas deixarei meus mais sinceros comentários sobre a metade da série (até então foram liberados apenas 10 episódios de 20), pois estou afim de elogiá-la um pouco por aqui também.

Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo é um drama sul-coreano lançado em 2016, com 20 episódios no total. O drama/dorama é uma adaptação sul-coreana de um drama chinês intitulado Scarlet Heart, e por esse motivo ambos abordam uma temática meio clichê em dramas épicos (novelas de época): a viagem no tempo. Em Moon Lovers somos apresentados a Go Ha Jin, uma garota do nosso tempo que, ao se envolver em um acidente, é magicamente teletransportada para mil anos atrás, durante a dinastia Goryeo, na Coréia. A viagem no tempo ocorre durante um eclipse lunar, o que pode por si só justificar o título do drama. A garota no caso tem sua alma transportada para o corpo de sua encarnação passada, uma senhorita chamada Hae Soo, que entendemos que já estava morta e, por isso, teve seu corpo facilmente "possuído".

O drama ainda não explicou ao certo como ocorreu essa "viagem" e por quais motivos Go Ha Jin teve que "voltar" ao passado. Na verdade, a única coisa que sabemos até o momento é que nesse período da história um rei, Gwangjong, matou todos os seus irmãos e familiares, o que nos leva a crer que sua missão seria impedir que tal tragédia aconteça. Não querendo me adiantar demais, essa sinopse (que nos é apresentada no trailer, inclusive), foca em algo bem Game of Thrones, e é basicamente isso que faz a história andar, lógico que de uma forma mais delicada. A história de luta entre irmãos é apresentada, mas é apenas um pano de fundo para um triângulo amoroso bem complicado.


O principal na história, e o que mais chama a atenção dos telespectadores, é o romance que está sendo traçado. De uma forma diferente, e que pode ter incomodado uma grande parcela de quem está acompanhando, a série logo apresenta à garota o seu primeiro amor naquele mundo, Wang Wook (8º príncipe). Vale lembrar que ela está se sentindo só e perdida e, por ele ter sido a primeira pessoa a lhe estender a mão, ela prontamente entrega seu coração a ele. Porém, o que está irritando os fãs, é que o principal é na verdade outro príncipe (bem mais carismático, devo ser franca).

Sobre Wang So - 4º príncipe (o personagem principal)



Sinopses com um triângulo enrolado existem em todo lugar, mas até agora, nesse desenrolar de campeonato, nunca vi casais mais confusos que esses. No contexto da história tudo está claro, mas para quem está assistindo, está rolando uma longa espera. Bom, como já falei, o personagem principal da trama se chama Wang So, um príncipe que, apesar do título, é tratado quase como um monstro por conta de uma cicatriz que leva em seu rosto, tendo assim que usar uma máscara para cobri-la. Até a sua mãe o despreza, sendo que por conta disso ele foi criado em outro local, distante do palácio e dos olhos de seus pais e irmãos. Ele seria aquele típico bad boy que acabamos amando por saber de todo seu passado triste.


Seu envolvimento com a principal é aquele roteiro batido (não se gostam > ele salva a vida dela > acabam virando amigos > e depois apaixonam), mas até o fechamento desse post o romance ainda não é recíproco da parte dela, o que pode ser utilizado para justificar a queda na audiência (apenas na Coréia, no caso). Pensei um pouco e percebi que realmente estou super empolgada com a trama justamente por conta disso. O fato da história se desenrolar com a mocinha não estando loucamente apaixonada pelo mocinho conseguiu me prender graças à expectativa que eu acabei formando.


Fora tudo o que eu falei, Moon Lovers traz no elenco diversos idols famosos na Ásia, idols esses que formam um clássico harém ao inverso. Há um investimento pesado na ambientação, na trilha sonora, na maquiagem, figurino, etc, o que já constrói um abismo entre a versão coreana para a versão chinesa (não afirmo que uma seja melhor que a outra). Apesar de ainda estar na metade do drama, consigo afirmar sem dúvidas que esse já entrou para minha lista de mais amados.
Muito além disso, confesso que o que mais está me prendendo são as dúvidas sobre a verdadeira personalidade de alguns personagens. No decorrer das cenas conseguimos notar sutis referências à sua antecessora, o que nos faz ficar cada vez mais na expectativa por cenas clássicas, como a da luta "final", e a cena do festival de máscaras. Sim, continuo empolgada.

Como puderam ver, esse foi apenas um texto aleatório sobre algo que estou afim de desabafar. Não foram feitos muitos textos como esse aqui, já que normalmente faço uma pesquisa preliminar antes de publicar qualquer coisa, colocando informações mais precisas. Porém, buscando mudar, dessa vez pulei e fui direto para alguns pontos que realmente me interessam. Esse texto foi mais como um suspiro no escuro, então espero que compreendam. Até a próxima!



Para mais informações, ignoradas propositalmente pela autora desse texto, é indicada a visita à página do drama no MyDramaList.

domingo, 3 de abril de 2016

Elenco do live action de Fullmetal Alchemist [Comentários]

Como muitos de vocês já devem ter conhecimento, Fullmetal Alchemist ganhará a sua adaptação live action, o que é bom, mas não deixa de ser arriscado. FMA é um shounen que trata sobre a história de dois irmãos que, ao tentarem trazer sua mãe de volta à vida com ajuda da alquimia, acabam perdendo seus corpos (Alphonse perde todo o corpo, já Edward perde a perna e dá o braço para trazer a alma do irmão e prendê-la em uma armadura). Apenas a sinopse já nos dá a entender que a adaptação necessitará de alguns efeitos especiais, e é isso que temo quando a questão é fidelidade: temo por um novo Dragon Ball Evolution (produção ocidental), mas também aguardo um Rurouni Kenshi. Estou indecisa!
Apesar de todo o meu receio, o elenco já foi até confirmado, o que prova que a produção está a todo vapor. Fiz uma série de montagens com base nas informações que foram publicadas aqui e aqui para que vocês tirem suas próprias conclusões.

Yamada Ryosuke como Edward Elric

Edward Elric é o meu personagem masculino favorito, então imaginem a minha dúvida e ansiedade. Estou com medo de estragarem a essência tsundere que ele tem, mas devo admitir que o ator escolhido é bem bonito. Edward é loiro, e isso é uma característica ímpar que não sei se será respeitada, então ainda não posso dar pitaco. Yamada é um ator e cantor japonês conhecido pelo grupo Hey! Say! JUMP, mas devo admitir que nunca vi nenhuma produção da qual participou, então ainda é uma incógnita para mim.


Honda Tsubasa como Winry Rockbell

Winry é o meu amorzinho. O caso dela é o mesmo caso de Edward: ambos são loiros, então não sei bem como isso será adaptado (ou não). Além do mais, Winry é conhecida por sempre se vestir de uma maneira bem despojada, e por muitas vezes sexy, principalmente quando está em casa, então devemos esperar algo parecido vindo de Honda. Devo lembrar que Honda já atuou em uma adaptação bem conhecida (Yoshioka Futaba em Aoharaido).

Dean Fujioka como Roy Mustang

O alquimista das chamas será interpretado por Dean Fujioka. Espero que cuidem bem da caracterização dos personagens e que se esforcem nos efeitos da alquimia de fogo. Ainda não anunciaram a atriz que interpretará a Riza (espero que não a tirem do filme).

Sato Ryuta como Maes Hughes

SPOILER! A única coisa que quero saber é se vou chorar de novo com a morte do Hughes...

Oizumi Yo como Shou Tucker

A entrada desse personagem no elenco só nos prova que a cena mais triste de todos os tempos será adaptada. Tenho nojo do Tucker, mas estou curiosa para ver como será adaptado esse arco tão delicado.

Matsuyuki Yasuko como Lust (Luxúria)

Não existiria uma adaptação de Fullmetal Alchemist sem os homúnculos. Amados, os sete pecados capitais são um dos vilões mais legais que já vi, e a Lust tem toda uma carga de responsabilidade quanto a isso. Espero que respeitem a sensualidade da personagem, pois ela não tem esse nome à toa.

Uchiyama Shinji como Gluttony (Gula)

O intérprete do Gluttony ficou, ao meu ver, muito fiel. Espero que ele consiga dar um ar de meninão para o personagem.

Hongo Kanata como Envy (Inveja)

Envy é aquele homúnculo que muda de forma. Ele, apesar de se achar superior, inveja a condição humana, então super espero um cara metido. O Hongo Kanata é conhecido de muitos de meus leitores por ter dado vida ao Shin no live action de Nana, então estarei na torcida por ele.

Espero que divulguem logo todos os personagens, pois já quero saber se teremos a Pinako Rockbell, o Alex Louis Armstrong e a Riza Hawkeye. Muito amor nessa adaptação.

Aguardem a cobertura.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Mangás e HQs: Sobre Nana e o que ainda não foi explicado

Nana é, sem dúvidas, um dos shoujos mais populares de todos os tempos. A receita para tudo isso é bem conhecida: personagens carismáticos, enredo interessante e traços maravilhosos. O mangá, publicado desde 2000 na revista Cookie, é obra da mangaká Ai Yazawa, também conhecida por obras como Gokinjo Monogatari e Paradise Kiss.
Como todos devem saber (ou não), o mangá seguiu seu curso por muitos anos e, graças a várias reviravoltas, tem até hoje um dos finais mais especulados e aguardados. Tudo isso será em vão. Ai Yazawa, devido a problemas de saúde, deu a notícia que todos temiam: Nana foi cancelado por falta de disposição. Para quem não sabe, ela trabalha sem nenhum assistente, então isso se tornaria mais desgastante do que poderíamos imaginar.
A Cookie, revista na qual a história era publicada no Japão, ganha alguns trocados sempre que lança algo novo relacionado ao título, mas não trata de falar nada sobre a continuação. Todos em silêncio enquanto fãs ainda alimentam a expectativa de que algum dia Yazawa acorde e decida voltar. O próprio MyAnimeList já deu o mangá como concluído, então nem tenho mais esperança.
Sobre esse texto, acho que apenas resolvi desabafar minha frustração em não saber o final de cada um dos meus queridos personagens. É muito chato se apegar a uma coisa e não saber a que fim levou. O mangá terminou de uma hora para outra, e alguns capítulos (pelo que lembro) nem chegaram a ser encadernados...
Sobre o titulo desse post, gostaria apenas de levantar essa questão: o que ainda falta ser explicado? Acho que para que algo termine, seria bem mais viável que fossem revelados os mistérios. Acho que seria bem interessante. Nos meus sonhos, ainda penso em algo bem Itazura na Kiss, onde a autora morreu antes de concluir o mangá, mas graças a um caderno de rascunhos fizeram um anime e a história ganhou um ponto final. Com Nana deveria acontecer a mesma coisa, mas não com a morte da Yazawa, claro, mas ela bem que deveria falar algo para os estúdios e eles, com todo um investimento, terminariam de adaptar o mangá e dariam um final legal, sem chororô. Ainda choro quando penso que a segunda temporada chegou a ser confirmada, mas por falta de material nem falam mais no assunto. Fazer o que, né?
O que ainda falta esclarecer? CONTÉM SPOILER!
A autora sempre dava um "petisco" do que o futuro reservava para cada personagem, mas lógico, deixando todo um mistério. Quando vi o pequeno Ren e a Satsuki, fiquei alarmada, me perguntando o que aconteceu. Após a morte do Ren, o mundo desandou, então saber como todos os personagens lidariam com isso parecia ser claro, até que o mangá acaba e não sabemos mais de nada. Ao menos sei que Satsuki é mesmo filha do Takumi, o que me entristece, pois ainda queria que o Nobuo resgatasse a Hachi da armadilha do Takumi.
Nana Oosaki está em algum lugar de Londres, o que pra mim tem uma ligação direta com o punk na Inglaterra. Além disso, antes de morrer, Ren tinha comprado um presente de aniversário para Nana, e o mesmo foi entregue para a protagonista, mas não foi aberto.
Outra coisa que também não foi explicada foi a separação da Hachi e do Takumi. Alguns fãs supõe que o pequeno Ren é filho de Takumi e Reira (Layla) e isso acabou desgastando o relacionamento do casal. Quero ver como Hachi amadureceu tanto, e se ela ainda ficará com o Nobuo... Aparentemente o amor deles ainda resiste.

Não custa sonhar, né?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Noragami - Impressões sobre as duas temporadas

Olá, meus amores. Bem, venho nesse humilde post falar um pouco sobre um anime que foi destaque nas temporadas passadas. Como estamos buscando retomar o ritmo que este blog já teve há anos atrás, hoje resolvi fazer aquilo que mais gosto de fazer por aqui: analisar animes. A animação que escolhi dessa vez foi um shounen que até o momento possui duas temporadas (2014 e 2015). Noragami me foi apresentada há um bom tempo, mas apenas agora resolvi assisti-la devidamente. O texto a seguir vai sair mais como um incentivo de minha parte, pois quero muito que outras pessoas "degustem" essa história.
Noragami, em suma, trata sobre um deus "menor" chamado Yato. Bem, Yato seria uma espécie de deus falido, pois não tem fiéis e nem mesmo um templo para orações. Sua rotina diária consiste em espalhar pichações em paredes e até mesmo em banheiros públicos para que alguém contrate seus serviços de deus. Ele, nesse caso, se torna um deus "faz tudo", enfrentando tarefas que vão desde encontrar animais desaparecidos até consertar a encanação de banheiros.
A história de fato começa quando Hiyori Iki, uma colegial, salva Yato de um acidente. Este acontecimento acaba resultando na transformação de Hiyori em uma espécie de "meio-fantasma", ou seja, a alma da garota passa a sair de seu corpo constantemente e, com isso, ela passa a ver diversos seres que antes eram invisíveis aos seus olhos, como outros espíritos. A garota, que a princípio se assusta com sua condição, no decorrer da série passa a se envolver cada vez mais com Yato e com o shinki de Yato, Yukine.
Noragami traz uma sinopse bem estranha, por isso me senti forçada a engolir algumas coisas nos primeiros episódios, mas depois os próprios personagens e o relacionamento entre os mesmos me fizeram querer assistir tudo de uma só vez. Isso é uma novidade para mim que, se não me apaixono de uma vez, deixo o anime de lado e procuro outra coisa melhor para fazer.
Dos três personagens principais, Yato é de longe o mais carismático. Ele é um personagem com manias e repleto de características não tão positivas, e é isso que nos aproxima cada vez mais de sua personalidade e nos faz torcer para o seu sucesso. Yukine, o garoto loiro de 14 anos, que acaba se tornando o espírito protetor de Yato (ou shinki), inicialmente age como um menino mimado. Amei o desenvolvimento desse personagem, pois não foi idealizado, como geralmente acontece. O garoto, desde o princípio, agiu como um "garoto problema", querendo viver como um menino de sua idade e invejando aqueles que conseguem. Yukine (nome que foi dado por Yato) passa por diversas provações, peca e, por consequência, é punido, sendo perdoado e conseguindo finalmente se aceitar.
Hiyori, por outro lado, é uma personagem que a princípio não estava envolvida com nenhum ser sobrenatural, mas que, por ironia do destino, acaba se tornando um "híbrido", ou seja, acaba adquirindo a habilidade de seu espírito sair de seu corpo. A princípio se envolve com Yato e com Yukine para que eles consigam consertar seu corpo, mas posteriormente acaba se apegando aos dois, criando vínculos de amizade.
A história dos três monta o enredo da primeira temporada, cabendo à segunda os "arcos" dos outros personagens. As duas temporadas, apesar de tocarem no passado de Yato, não chegam a explicar devidamente a relação entre Yato, Nora (outro shinki de Yato) e Kouto Fujisaki, o que me faz pensar numa possível terceira temporada. Tendo como base o sucesso das duas temporadas, creio que uma terceira está aguardando apenas o desenrolar do mangá.

Logo acima mencionei o termo "shinki" várias vezes, sem de fato explicar o que seria. Shinki seria um "ajudante" de um deus, ou melhor, são "tesouros sagrados" que os deuses utilizam para desempenharem diversas tarefas. Cada deus pode ter vários shinki, porém um shinki deve servir a apenas um deus. Ao se tornar shinki, o deus nomeia esse espírito que o servirá, sendo que esse nome fica cravado no corpo do espírito. Entretanto alguns shinki servem a inúmeros deuses, tendo, em consequência, vários nomes. Esses shinki com diversos nomes são chamados de Nora.
O shinki, ou regalia, é criado a partir de um espírito "errante", ou seja, um espírito que ainda vaga sobre a terra. Esse espírito, inicialmente puro, pode ser corrompido se for possuído por fantasmas. Como o shinki tem uma ligação direta com o seu deus, se o shinki for corrompido, isso poderá resultar até na morte do deus.
Sobre o anime, creio que a segunda metade a primeira temporada se perdeu em uma história fraca. Rabou, antagonista, com a ajuda de Nora, rouba as memórias de Hiyori e quer, a qualquer custo, que Yato volte a ser o deus da calamidade que costumava ser. Se levarmos em consideração a inexistência de Rabou nos mangás, podemos dizer que esse arco foi um "enchimento de linguiça".
Quanto à segunda temporada, amei o arco da Bishamon (os seis primeiros episódios), mas devo admitir que os sete últimos me fizeram ficar meio entediada. Não gostei da introdução do personagem Ebisu e, para mim, eles deveriam ter aproveitado o surgimento do Fujisaki, e não ter simplesmente deixado um mistério no ar no último episódio.
A animação como um todo (quesitos técnicos) merece meus sinceros aplausos, principalmente pelas cenas de luta, que foram muito bem feitas. A personagem Bishamon, mesmo tendo um certo fan service, foi muito bem construída, nos fazendo vê-la como uma personagem mais forte que um homem, porém sem deixar de lado a sua feminilidade. Amei essa personagem por conta disso. Hiyori também segue esse mesmo esquema, pois salva constantemente os demais personagens, apesar de não ter poder nenhum (meu modo feminista foi ativado).
Em suma, Noragami, apesar de ser um anime/mangá shounen, tem em seu conteúdo uma ode à força feminina. As mulheres da série são de fato fortes e admiráveis, o que se deve ao fato da história ser escrita por duas mulheres. Não estou dizendo que um mangaká homem não possa fazer personagens femininos "não passivos", mas creio que as mulheres têm mais sensibilidade para a criação de bons personagens femininos. Em todo caso...

Tomara que o mangá seja logo publicado por aqui.

ATUALIZAÇÃO: A Panini anunciou que NORAGAMI foi um dos títulos licenciados pela editora e que em breve será lançado no Brasil!